Em uma reviravolta estranha de eventos, minha conexão com  meu ciclo mudou quando troquei os absorventes descartáveis  por um coletor menstrual. Parece estranho, mas essa pequena  aquisiçaõ abriu um caminho para eu pudesse me conectar com  meu corpo e meu sangue.

Dessa forma, passei a respeitar meu ciclo, respeitar minhas  dores, meus momentos de extrema sensibilidade e ver a beleza  no sangue que todo mês escorre pelas minhas pernas. Criei um ritual em que em todo final de ciclo, eu rego minhas  plantas com meu próprio sangue, assim sinto que de alguma  forma eu estou dando vida à elas. Quando um ciclo termina, eu  conto ansiosamente os dias para que o outro chegue e assim,  consigo ver a evolução e crescimento daquela natureza tão  pequena saindo de dentro de mim. Hoje sinto meu ciclo da  forma mais bonita que eu poderia sentir.